Ajuda

SAS monta logística para receber e distribuir donativos

Secretário Tiago Bündchen orienta os doadores para necessidade de insumos como água, toalhas de banho, colchões e roupas de cama

Foto: Volmer Perez - DP - Doações continuam chegando aos montes em locais que recebem donativos

Para abastecer os 11 abrigos, cinco deles geridos pela Prefeitura, destinados aos desalojados pela cheia da lagoa dos Patos e do canal São Gonçalo, a Secretaria de Assistência Social (SAS) montou uma grande operação para receber e levar aos abrigados itens como, materiais de higiene, roupas, cobertores e colchões, entre outros, além da alimentação.

No galpão da rua Marechal Deodoro quase esquina com Três de Maio a movimentação de pessoas e carros chegando e saindo com donativos mostra a corrente solidária que se formou.

No local foi montado um drive para que os veículos que chegam abastecidos sejam descarregados o mais rápido possível, porém o volume de doadores chega a formar fila, exigindo um pouco de paciência. A saída dos materiais e alimentação para os abrigados também é no mesmo local. “As pessoas chegam, vão deixando o material e os voluntários recebem e começam a encaminhar ali dentro para a triagem. Cobertas ficam à direita e água à esquerda e assim nós vamos separando”, explica o secretário da SAS, Tiago Bundchen, que espera que nos próximos dias a logística flua com mais naturalidade.

A distribuição é feita por parceiros, como os Correios, por exemplo, além de caminhonetes de cidadãos que se disponibilizaram a ajudar. “A gente encaminha tanto para os nossos abrigos, quanto para os parceiros”, diz. A ajuda é liberada de acordo com as solicitações dos coordenadores de cada abrigo.

Somados aos funcionários da Secretaria estão dezenas de voluntários que auxiliam desde a coleta do donativo, triagem, armazenamento, distribuição e nos próprios abrigos. Para quem quiser se voluntariar foram disponibilizados formulários, por meio de link no site da Prefeitura.

Sobre as doações, o secretário diz que por enquanto não há necessidade de roupas e sim insumos como água, kits de higiene (com desodorante e xampu), toalhas de banho, colchões e roupas de cama. “Comida também, nunca é demais, eu tenho reforçado isso. Quem olha aqui diz que tem bastante, mas sabemos que esses alimentos não vão ser só para esses dias de crise. Muitas famílias atingidas vão demorar a se recuperar e nós vamos continuar atendendo elas”, fala o secretário.

Cadastro

A SAS montou um cadastro de fornecedores de marmitas e lanches, que são direcionados pela Secretaria de acordo com a demanda. “A gente pede que os grupos que queiram fazer uma ação, que nos procurem antes, para evitar que cheguem na casa de passagem e já tenham sido atendidos com sopão, por exemplo. É para evitar desperdício”, alerta. Por enquanto não há um telefone disponível para este tipo de doação, então quem quiser saber para onde deve direcionar o alimento pronto, deve ir direto ao galpão de triagem de doações da Secretaria. 

Acolhimento social e emocional

No abrigo montado na quadra de esportes da Escola Superior de Educação Física (ESEF), nas Três Vendas, estão 121 pessoas, sendo 67 adultos, 54 crianças e oito pets, a maioria oriunda do Navegantes, Loteamento Osório e Meneghetti. A capacidade é para até 200 pessoas. “Havendo necessidade a gente traz mais pessoas pra cá”, fala a assistente social Thais Carolina Xavier Coitinho, coordenadora do CRAS Areal.

“A gente já fez um cronograma e estamos com bastante voluntários. O pessoal da Secretaria de Assistência Social está à frente do abrigo e tem o pessoal da saúde e a assistência social está fazendo o acolhimento para essas famílias que já estão fragilizadas, dando um suporte emocional e social.” Para as crianças estão sendo ofertadas atividades lúdicas.

O abrigo ainda tem recebido marmitas e lanches de grupos voluntários, além de água, sucos e refrigerantes, sendo suficiente para os que estão lá.

A dona de casa Vitória Caetano de Souza chegou no local no início da tarde de ontem. Ela foi encaminhada ao abrigo da Esef juntamente com os três filhos, de 11 e seis anos e um bebê de quatro meses, e os sogros de 69 e 62 anos. Oriundos da Z-3, onde Vitória mora há 12 anos, a família foi resgatada pelo Exército.

A dona de casa conta que esta é a primeira vez que precisa sair de casa por causa de uma cheia da lagoa. “Lá tá bem complicado e eu moro bem na entrada do bairro. Meu marido ficou para ajudar o patrão, que também está com bastante água na rua”, relata. “Deixamos tudo, conseguimos salvar a geladeira e a televisão, o resto a gente deixou.”

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Paula Mascarenhas: “A gente conta com o bom senso das pessoas” Anterior

Paula Mascarenhas: “A gente conta com o bom senso das pessoas”

Lagoa dos Patos e Canal São Gonçalo têm aumento ao longo do dia Próximo

Lagoa dos Patos e Canal São Gonçalo têm aumento ao longo do dia

Deixe seu comentário